terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Educação Hoje

A educação tem a ver com o essencial das nossas vidas: o seu despontar, o seu desenvolvimento e o seu destino.
Nos dias de hoje, desde que, na sequência das experiências traumáticas da II Guerra Mundial (1939-1945) e pela primeira vez na História da Humanidade, os diferentes povos da terra (“Nações Unidas”) ensaiaram falar a mesma linguagem, começou a crescer na Comunidade Planetária o consenso sobre uma filosofia e uma política da Educação capaz de constituir o fundamento de uma estratégia e de um programa de acção comum.
Neste passo histórico, tão grande para cada ser humano como para toda a humanidade,  através de documentos da ONU como a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e a Declaração do Milénio (2000), a que se deverão juntar os Relatórios das Conferências Mundiais sobre Educação de Adultos (promovidas pela UNESCO desde 1949), é atribuído um lugar de máximo relevo à educação ou, falando em termos mais concretos, à conjugação do verbo educar .
É assim que, ao longo da segunda metade do século XX, a partir das grandes “reformas do sistema educativo (décadas 40 e 50), da contestação de que se tornam objecto (década 60 e 70) e da crise que se abate sobre o subsistema escolar, alastram experiências, concepções e práticas que provocam a emergência de novos sectores educativos, desde  o subsistema de educação de infância totalmente reconceptualizado e do subsistema de educação de adultos em múltiplas modalidades (formação contínua e recorrente, alfabetização funcional, reconversão profissional, etc.)  até à sua progressiva integração enquanto duas fases do processo de educação ao longo da vida  de cada um de nós, dentro dos processos de educação comunitária da Família Humana a que pertencemos e de educação ecossistémica na relação com o Universo de que fazemos parte.
Mas, como o Director-Geral da UNESCO, René Maheu, já fazia notar na Conferência Mundial de Tókio (1972), se realizámos tão grandes progressos no que respeita à adopção do vocabulário referente às diversas dimensões do novo paradigma da educação, já o mesmo não acontece no que se refere à assimilação e compreensão do seu novo conceito.
É mesmo estranho e de algum modo incompreensível que os responsáveis dos Estados Membros das Organizações Internacionais que elaboraram, aprovaram e assinaram os documentos acima referidos, não os ponham em execução e que os cidadãos continuem a não os ter em conta ou mesmo a nem sequer os conhecer.
A própria investigação, nas instituições de educação superior, desenvolve-se em grande parte à margem deles, continuando assim a educação a manter-se desligada ou afastada da investigação sobre o desenvolvimento do ser humano dentro da comunidade global, como se fosse normal e possível educar sem procurarmos compreender todo o seu contexto.
Tudo isto coloca-nos perante a urgência de explorarmos e aprofundarmos o sentido e o alcance do verbo educar.
É o tema geral deste blogue

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